sábado, 27 de novembro de 2010

Pequena opinião sobre o que não existe.



Somos pássaros, pipas e gafanhotos. Estamos sempre no céu, acima. Pensamos mais rápido e certeiro. Amamos e nos apaixonamos a todo instante. Somos imbatíveis, invencíveis e até imortais. Nossas drogas nos farão acreditar no improvável. Somos o improvável e acreditamos em nós mesmos, com nossas drogas e arrogância.
Somos incapazes de chorar, somos de ferro, somos impermeáveis. Morrer? É conversa, um verbo que está longe de ser conjugado em nossas vidas. Como sei? Não sei. Mas sei que tenho vontade de viver, e do futuro não sei o que esperar. Não sei nada da vida, mas acho que sei. Cresci. Eu li o que escrevi, e ri... Por quê? Porque agora entendo meus pais.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nostalgia




É uma vontade de viver ou um medo de sonhar. Você me pergunta onde estou e eu digo “Só quero estar onde você não está”.
E esse medo de viver nessa vontade de sonhar? Eu só quero saber onde você está.
No meu passado te procuro, te acho, te perco.
Nessa verdade te assombro, você chora, eu te prometo: que amar de verdade como te amei, só no passado e meu presente de viver é teu sorriso engasgado, e essa tamanha estranha solidão que se perde você.
É uma vontade de ganhar que só te faz perder. É essa estrada a prosseguir que não me deixa ver você, e eu te peço “volta correndo pra mim” e você jura que não lhe perdi.
Mentira, sinto saudade, e a saudade nunca mente.
Essa saudade que eu sinto não vai passar ao lhe ver novamente. Não totalmente.
Contento-me com o tempo e não espero ver você.